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Os desafios e oportunidades da atividade leiteira na Zona da Mata


Em todo o Brasil, quando se fala em leite, um dos primeiros lugares que vêm à mente é Minas Gerais. Segundo a Pesquisa Pecuária Municipal (PPM) desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no ano de 2015, o estado foi responsável por 26,13% da produção nacional.

Dentro do estado, a Zona da Mata Mineira representou 7,9% do valor total da produção de leite. Além disso, os principais produtores, de acordo com a participação na produção total, foram Leopoldina (5,10%), Lima Duarte (2,95%) e Juiz de Fora (2,85%). No acompanhamento feito entre 2005 e 2015, o valor da produção em Juiz de Fora cresceu 24%, enquanto os preços pagos ao produtor, a preços de 2015, aumentaram um pouco mais de 9%, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). No mesmo período, o desempenho da produção de leite subiu 44,76%. Contudo, o que se observou na produção efetiva foi uma queda de 12,30%. Um dos motivos para tal foi a redução no número de produtores na região.

Ainda que alguns fatores venham apresentando crescimento, a atividade leiteira da região enfrenta desafios quanto ao desenvolvimento e ao ganho de competitividade em relação às demais regiões. Entre eles está a precariedade da infraestrutura, com a geografia local apresentando terrenos bastante acidentados, o que prejudica a expansão da produção e intensifica os gargalos logísticos. Além deste ponto, existem também outros problemas que podem ser observados em todo o estado,como os elevados custos operacionais e a alta carga tributária.

Alguns programas, como Pró-Genética e o Minas Pecuária, que abrangem todo o estado, e o ProLeite, no âmbito municipal, surgem como oportunidades ao produtor de aumentar sua produtividade, ter acesso às tecnologias, obter estratégias mais eficientes de gestão da produção e atuar de forma mais sustentável. Além disso, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) desenvolve trabalhos que promovem a transferência de conhecimento e melhoria de qualidade do leite. Mais esforços em relação à infraestrutura e custos operacionais, entretanto, são necessários.

Coluna publicada em 04 de Abril de 2017

Por Fernando S. Perobelli, Gabriel H. R. Barbosa, Inácio F. Araújo Jr, João Gabriel Pio, Joyce A. Guimarães, Leandro V. Pereira e Ramon G Cunha.


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